ATA DA DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 21-11-2011.

 


Aos vinte e um dias do mês de novembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e quatorze minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Beto Moesch, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta e Sebastião Melo. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram o Projeto de Lei do Legislativo nº 184/11 e o Projeto de Resolução nº 040/11. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 051/11, firmado pela vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, informando que a vereadora Maria Celeste representará externamente este Legislativo, hoje, na abertura oficial no Rio Grande do Sul da Campanha Mundial 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, às dezesseis horas, no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre. Também, foi apregoado o Memorando nº 029/11, de autoria do vereador Luciano Marcantônio, deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, na solenidade de abertura do IV Congresso Brasileiro do Municipalismo: As Cidades Sustentáveis, às dezessete horas, no Auditório do Palácio da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Às dezessete horas e dezesseis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e trinta e um minutos. Às dezessete horas e trinta e dois minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 030/10 (Processo nº 0790/10), em sua parte vetada, considerando-se rejeitado o Veto Parcial oposto, por dezenove votos SIM, dois votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos vereadores Mauro Zacher e Carlos Todeschini, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os vereadores João Carlos Nedel e Luiz Braz e optado pela Abstenção os vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, João Antonio Dib e Nilo Santos. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 082/11 (Processo nº 1852/10), por dezesseis votos SIM e três votos NÃO, após ser discutido pelos vereadores Tarciso Flecha Negra e Carlos Todeschini e encaminhado à votação pelo vereador João Antonio Dib, em votação nominal solicitada apelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Haroldo de Souza, João Antonio Dib e João Carlos Nedel. Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Beto Moesch, solicitando que as Emendas apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 187/08 (Processo nº 3862/08) fossem consideradas em regime de urgência e submetidas à reunião conjunta de Comissões. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 023/08 (Processo nº 0938/08), após ser discutido pelos vereadores Alceu Brasinha, Fernanda Melchionna e Aldacir José Oliboni. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 023/08, o vereador DJ Cassiá cedeu seu tempo de discussão à vereadora Fernanda Melchionna. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 010/09 (Processo nº 1533/09), o qual, a Requerimento verbal, aprovado, formulado pelo vereador Bernardino Vendruscolo, foi retirado da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Na oportunidade, por solicitação do vereador Bernardino Vendruscolo, foi realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Durante a Sessão, foi registrada a presença, neste Plenário, do senhor Manuel Manrique, Oficial de Informações do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos – ONU-HABITAT. Às dezoito horas e vinte e seis minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão, convocando os senhores vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Há quórum.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3529/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 184/11, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Frederico Carlos Gerdau Johannpeter.

 

PROC. Nº 3618/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/11, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que concede a Comenda Porto do Sol ao Departamento Municipal de Água e Esgotos – DMAE.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 184/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir.

Em discussão o PR nº 40/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir.

Não havendo quem queira discutir, está encerrado o período de Pauta.

Apregoo o Memorando nº 051/11, do Gabinete da Presidência, Verª Sofia Cavedon, informando que a Verª Maria Celeste representará esta Presidência na “Abertura Oficial da Campanha Mundial 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres no Rio Grande do Sul”, no dia de hoje, às 16h, no Centro Administrativo Fernando Ferrari – CAFF.

Apregoo o Memorando nº 029/11, de autoria do Ver. Luciano Marcantônio, que solicita representar esta Casa, no dia de hoje, às 17h, na Solenidade de Abertura do IV Congresso Brasileiro do Municipalismo - As Cidades Sustentáveis -, no Auditório do Palácio de Justiça, Centro Histórico.

Estão suspensos os trabalhos para a Reunião Conjunta das Comissões.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h16min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h31min): Estão reabertos os trabalhos.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h32min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0790/10 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/10, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que estabelece procedimentos para o uso de piscinas ao ar livre, públicas ou privadas, destinadas a adultos ou crianças e fixadas em residências ou condomínios, no Município de Porto Alegre.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela manutenção do Veto Parcial.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 16-11-11 (quarta-feira).

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 030/10, com Veto Parcial. (Pausa.) O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10, com Veto Parcial.

 

O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, eu queria fazer aqui um apelo aos meus colegas Vereadores e me dirijo às Bancadas, porque, em contato com a assessoria do Prefeito, fiz a minha Justificativa para que a base do Governo pudesse ficar liberada para derrubar o Veto. Na verdade, talvez não tenha havido o entendimento da urgência e da construção deste Projeto que foi feito aqui na Casa. É um projeto que foi feito a várias mãos, em que procuramos criar uma legislação inexistente no Município. Eu faço uma Justificativa justamente em cima dos inúmeros acidentes que acontecem nesses espaços, principalmente com crianças, com adolescentes, sejam por cabelos que foram puxados por ralos ou por iluminações que estão fora da voltagem, pisos que não são aderentes, por trampolins ou por profundidade de piscinas. O artigo que foi vetado - e já há uma orientação por parte da assessoria do Governo para que a base seja liberada para votar conforme a sua vontade - é justamente o artigo mais importante, o art. 9º, que já foi alterado com a Emenda do Ver. Pujol, que designa essas mudanças para as próximas construções. O art. 8, que foi vetado - e já há acerto por parte do Governo para que possamos derrubar o Veto hoje -, coloca uma série de questões fundamentais como: revestimento interno de material impermeável, fundo de declividade sem mudanças, tubos afluentes em número suficiente e localizados de modo a produzir uma uniforme circulação de água, duto de escoamento, sistema de tratamento, ligação à rede pública de abastecimento, escoamento provido de desconector, bocais de alimentação de água. É uma série de itens fundamentais para o Projeto. Se nós mantivermos este Veto, o Projeto fica sem o objetivo de contribuir. Então, é uma ligação que foi construída com esforço, com o acompanhamento de técnicos. Nós sabemos de vários registros de acidentes.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Zacher, eu forneço o meu tempo, se for necessário, para que V. Exª continue discutindo. O que eu mais notei é que não foi um problema da carência de estudos que V. Exª fez para produzir o Projeto. Foi, na verdade, a incapacidade que o Município tem agora de fazer toda a fiscalização necessária para que realmente tudo aquilo que V. Exª coloca no seu Projeto possa ser executado. Eu acho que há muito mais problema com a falta de capacidade técnica da Prefeitura, de fazer a fiscalização normal do Projeto, do que problemas nas linhas que V. Exª traçou para colocá-lo aqui nesta Casa. Acho que V. Exª realmente agiu muito bem, mas o que o Município está querendo agora é apenas se precaver com relação à sua capacidade de fiscalização.

 

O SR. MAURO ZACHER: Obrigado, Ver. Luiz Braz. V. Exª sempre contribui para o debate, embora eu discorde, porque, no momento em que o Município vai à obra e faz a fiscalização de vários itens de uma construção, não seria muito difícil que o mesmo fiscal pudesse fazer a adequação e fiscalização para a liberação da obra. Eu não entendo a necessidade disso. Eu quero só frisar, mais uma vez, que este Projeto tramitou por várias Bancadas, percorrendo o tempo necessário para que pudéssemos construir uma legislação específica. E eu não precisaria repetir, porque já o fiz aqui nesta tribuna: os inúmeros acidentes que aconteceram em relação a esse espaço muitas vezes malcuidado, mal fiscalizado e sem nenhum equipamento de segurança, que são as piscinas em condomínios, casas, residências, clubes, enfim.

Quero fazer um pedido à base do Governo e à oposição para que a gente possa derrubar esse Veto e garantir o Projeto na íntegra. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 030/10, com Veto Parcial.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia; Vereadores e Vereadoras, o Ver. Mauro Zacher propôs aqui um regramento para disciplinar a questão da segurança nas piscinas, nos mais diversos ambientes públicos, quer sejam condominiais, de clubes, enfim, em todos os ambientes.

Parece-me que o Prefeito, Ver. Mauro, saca do Projeto o que ele tem de essencial, e, Ver. Luiz Braz, eu não entendo que a Justificativa possa se fundar na questão de a Administração ter ou não ter condições de implementar, de imediato, a prévia aprovação dos requisitos.

Ver. Dr. Raul, o senhor, que é médico, quantos casos conheceu de afogamentos e de acidentes fatais em piscinas? Deve ter sido mais de um; o Dr. Raul me responde que foram alguns. Eu também conheci alguns, infelizmente, lamentavelmente.

A preocupação do Ver. Mauro Zacher me parece bastante importante, e não entendo como o Prefeito se baseia na ideia de que, de imediato, a Lei não possa ser cumprida e, ao mesmo tempo, reconhece a importância que tem uma lei com esse teor, porque se trata da preservação e da garantia de segurança a vidas e, em especial, de crianças que frequentam as piscinas. Ao mesmo tempo em que o Prefeito veta, ele libera a base para que tome uma decisão conforme a vontade individual de cada membro. Então, vejam só a incoerência. Parece-me que este é mais um daqueles Vetos que vieram há algum tempo a esta Casa sem o Prefeito ler ou se aprofundar, conforme a necessidade. Não se aprofundou no assunto, não investigou com o rigor que se fazia necessário.

Portanto, um Projeto desse tipo tem que ser aceito, e o Veto deve ser rejeitado. O próprio Prefeito aconselha que a base faça o que bem entender. Agora, não dá, Verª Sofia, está equivocado. Veja só a redação (Lê.): “Em que pese o mérito louvável da proposição, são vetados o art. 8º, caput e incisos, e o art. 9º, pelos motivos a seguir delineados. A Administração Municipal não detém condições de implementar, de imediato, a prévia aprovação de todo projeto de piscina que venha a ser apresentado a partir da publicação da Lei (...)”. O que está dito? Que é muito importante, pode resguardar vidas, tem todo o mérito o Projeto, mas o Prefeito vai vetar, porque a Prefeitura não tem fiscalização para controlar. Ora, qual é o Projeto que tem que se pautar em ter ou não fiscalização para ser aprovado?! Está equivocado isso. Os projetos devem ser aprovados - ou não - porque eles são bons, porque eles servem às pessoas, porque eles produzem segurança para as comunidades; no caso, para as crianças. O Projeto tem que ser aprovado pelo mérito que tem ou, senão, rejeitado, mas não a partir da disponibilização dos agentes que ele tem para cumprir a Lei, Ver. Cecchim. O senhor há de concordar comigo.

Está equivocado o Veto, tem que aprovar o Projeto e rejeitar o Veto. A própria fundamentação que fizeram, talvez o Prefeito tenha assinado sem ler o suficiente, denuncia - aliás, como outras vezes - o equívoco na análise do mérito do Projeto. Portanto, pela rejeição do Veto, pela manutenção do Projeto, de acordo com V. Exª , Ver. Mauro Zacher.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal o PLL nº 030/10, com Veto Parcial. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO o Projeto por 19 votos SIM, 02 votos NÃO e 05 ABSTENÇÕES. Rejeitado o Veto Parcial.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1852/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 082/10, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra, que obriga os estabelecimentos bancários situados no Município de Porto Alegre a instalarem em seus caixas de atendimento box ou dispositivo que impossibilite que a operação realizada pelo cliente seja visualizada por outras pessoas.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Marques: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia em 29-11-10;

- adiada a discussão por três Sessões.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 082/10. (Pausa.)

O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para discutir o PLL nº 082/10.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vou ser breve na defesa deste Projeto, porque eu já entreguei uma cópia dele a todas as Bancadas, a todos os Vereadores. Não vou entrar no conteúdo do Projeto, porque todos já têm conhecimento.

Este Projeto é do dia 10 de maio de 2010, e, neste ano, no dia 6 de janeiro de 2011, solicitei o adiamento da sua discussão por três Sessões; mas, agora, eu solicitei que ele voltasse a tramitar.

E por quê? Porque ele obriga os estabelecimentos bancários situados no Município de Porto Alegre a instalarem em seus caixas de atendimento um box ou um dispositivo que impossibilite que a operação realizada pelos usuários seja visualizada por outras pessoas.

A mídia divulga aqueles casos em que são feitas grandes retiradas de dinheiro, de três, quatro ou cinco mil. Mas as retiradas menores, de cem ou duzentos reais, a mídia não divulga. E as pessoas que trabalham um mês inteiro para receber o seu salário mínimo, retiram esse dinheiro do banco e, quando saem do banco, já tem alguém para levar o seu salário, e ainda, na maioria das vezes, sofrem violência.

Então, o Projeto é feito para esse povo, para esse trabalhador, caros colegas Vereadores, que trabalha o mês todo para receber um ou dois salários mínimos.

Eu não vejo grandes despesas para os bancos, cara Presidente, Sofia Cavedon. Eu acho que a vida do ser humano é mais valiosa que qualquer dinheiro que o banco venha a gastar para dar segurança aos seus usuários.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Tarciso, quero cumprimentá-lo pela preocupação e dizer que sou favorável ao seu Projeto. Acho, sim, que se trata de preservar da vida e de possibilitar ao usuário do banco uma maior privacidade, e os bancos têm condições de preparar as suas agências para cumprir com o seu Projeto. Obrigado.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Eu conversava com o Vereador João Carlos Nedel - e até entrei no lado religioso -, dizendo que, se Deus mandou o Filho dele aqui na terra para nos salvar, é porque ele tem a vida do ser humano como algo valioso. Então nós, como Vereadores, temos que preservar os nossos trabalhadores. Eles votaram em nós, Brasinha, para que fizéssemos o melhor para eles, na Cidade.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Tarciso, realmente o seu Projeto é muito bom, é bom para quem usa os bancos. E mais ainda, Vereador: banco ganha tanto, eles têm tanto rendimento, eles têm tudo, por que eles não podem dar segurança para o cidadão? Então, eu acho que o seu Projeto vem na hora certa, e pode contar com o meu apoio. Eu votarei favoravelmente ao seu Projeto porque, quando falam em banco, quando falam em rendimentos, quando falam dessa ganância que eles têm, não posso ser contrário. Pode contar com o meu apoio.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Inclusive está aqui o jornal Zero Hora, do dia 11 de novembro de 2011, há uma reportagem sobre a Lei que foi sancionada na Prefeitura de Monte Negro. Este Vereador entrou em contato com o autor daquela Lei, conversamos, e a Lei já está valendo lá, e acho que deveria valer em todas as cidades, não só em Porto Alegre. Tenho certeza de que a vida do ser humano vale muito mais que qualquer dinheiro ou qualquer banco.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Tarciso, muito rapidamente quero parabenizá-lo pelo meritório Projeto; ele vai ter o nosso apoio, é um Projeto que ajuda a dar segurança para os usuários dos bancos e para os bancários também, porque todo projeto que inibe a violência dá mais segurança aos bancários. E os bancos têm bastante dinheiro, tiveram R$ 27 bilhões de lucro este ano, certamente não é um box para dar segurança aos usuários e aos bancários que vai fazer falta. Parabéns pelo Projeto, ele tem o nosso apoio.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Para terminar, Presidente, quero deixar à vontade os colegas, nobres Vereadores, para a votação.

Houve aquele Projeto aquele do kit escolar; do Museu do Negro; depois um Projeto, junto com o Sebastião Melo, também dos bancos, sendo que os Vereadores foram muito sensíveis, e a votação foi unânime.

Quero que os Vereadores fiquem à vontade para dar o seu voto. Peço, com carinho, que olhem por esse povo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 082/10.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; Ver. Tarciso, o seu Projeto tem, pelo menos, o mérito de prever e se preocupar com a segurança das pessoas, Ver. Brasinha.

A Verª Fernanda e o Ver. Tarciso falaram muito bem aqui. Inclusive, há aqui o Parecer da Comissão do Ver. Nedel, Presidente da CEFOR, que é favorável. O Nedel já foi banqueiro, inclusive, e defende os bancos - não há nenhum mal nisso! -, mas a gente pode discordar. O Parecer dele é favorável e faz que esses casos aqui relatados tenham mais resguardo e mais segurança. São inúmeros os casos de pessoas idosas que são subtraídas, furtadas, porque há espionagem e porque há, inclusive, muitas vezes, conluio com os próprios seguranças, com funcionários dos bancos que dão orientação. Então, essa é uma medida de segurança. Tudo aquilo que vem em direção à melhoria da segurança tem que ser apoiado porque, em última instância, redunda em mais paz social, em mais tranquilidade, num melhor ambiente para todos. Esta é preocupação expressa aqui pelo Projeto que está sendo discutido e será votado em seguida: dar mais garantia ao usuário dos serviços bancários para a sua segurança e da comunidade; portanto, o Projeto merece ser aprovado.

Para concluir, quero dizer que os nossos caixas são um exemplo da superexposição, porque a pessoa está ali, operando no caixa, e a outra pessoa está um metro atrás, às vezes menos, a 30 centímetros, olhando todas as operações. E nós sabemos da destreza e da habilidade que alguns adquiriram em saber de senhas, ler cartões e dessas coisas todas para adentrar nas contas alheias. Portanto, essas medidas vêm também para dar mais garantias, inclusive aos caixas que trabalham dentro da própria Casa. E, como esses, são inúmeros os ambientes que precisam do mesmo resultado. Um abraço, obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 082/10. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 082/10.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, há 181 anos, o Governador do Rio Grande Caetano Maria Gomes Lopes dizia “chega de leis; as que estão em vigor são suficientes, basta que sejam cumpridas”.

Mais recentemente, eu tenho dito que a lei deve ser clara, precisa e concisa, para ser respeitada. A preocupação do Ver. Tarciso é correta: quer que aqui não haja mais violência, mais assaltos. No entanto, esta Lei é inócua, porque no seu art. 2º, inc. I, diz que o não cumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o estabelecimento bancário infrator às seguintes sanções: Inciso I - Advertência na primeira autuação. Autuado, ele é punido, é multado, tem que ter um valor. Advertência não é autuação; autuação é efetiva na multa.

No Inciso II, diz: “multas em caso de reincidência”. E que multas são essas? Então, por melhor que seja a intenção, o Projeto é inócuo, mas terá o mérito, chamará à atenção as autoridades para o fato de que precisa haver proteção no sistema bancário. Este Projeto, não tendo valor de multa e autuando e não autuando ao mesmo tempo, me parece que não há por que ser aprovado pela Casa do Povo de Porto Alegre.

Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira encaminhar o PLL nº 082/10.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o PLL nº 082/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 16 votos SIM e 03 votos NÃO.

Em votação Requerimento, de autoria do Ver. Beto Moesch, solicitando regime de urgência e submissão à Reunião Conjunta das Comissões das Emendas ao PLL nº 187/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0938/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 023/08, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que proíbe a cobrança para a utilização de banheiros em estádios esportivos, terminais rodoviários, terminais metroviários e espaços públicos, no Município de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Nelcir Tessaro: pela aprovação do Projeto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o PLL nº 023/08, de autoria do Ver. Alceu Brasinha. (Pausa.) O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para discutir o PLL nº 023/08.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, fiz este Projeto porque, realmente, eu acho um absurdo que, numa rodoviária, num mercado público ou em outros locais, seja cobrado para se ir ao banheiro. Mas o pior de tudo, Vereadores, é quando um cidadão não tem R$ 0,30 para isso, como eu mesmo assisti. Eu estava em um local e vi chegar um cidadão que não tinha R$ 0,30 para pagar para ir ao banheiro. Esse cidadão teve que fazer as suas necessidades na roupa. Na roupa! E aí? Como é que fica a autoestima desse cidadão que não tem R$ 0,30 ou, quem sabe, R$ 1,00 para ir ao banheiro? E mais ainda, Ver. Dib, eu ofereci, só que eu estava na fila, Vereador, e vou lhe dizer um detalhe: qualquer Vereador aqui ficaria solidário com um cidadão desses por esse escândalo que aconteceu no banheiro. Então, o permissionário que paga o condomínio de uma rodoviária ou de um shopping não tem condições de absorver o pagamento de um banheiro?! Pelo amor de Deus, é um absurdo! Eu acho que entrada de banheiro tem que ser livre! No aeroporto, quando nós vamos viajar, o senhor sabe - quantas vezes já viajou de avião, quantas vezes foi ao aeroporto -, o banheiro tem que estar limpo, cheiroso. Aí o senhor acha bom! E depois o senhor reclama de mim, Ver. Dib. O senhor está reclamando de mim; quando o senhor começa a falar muito, eu sei que o senhor está reclamando. Eu sei que V. Exª está reclamando de mim.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Brasinha, V. Exª sabe o apreço que eu tenho pela sua pessoa, mas fiquei preocupado, porque V. Exª presenciou esse ato e não puxou uma moeda de R$ 0,50 para dar para esta pobre pessoa que estava em tamanha dificuldade. Eu não posso entender que, naquele momento, V. Exª estivesse tão distraído.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Vereador, o senhor nem esperou eu terminar o assunto. Eu mesmo peguei o nome do cidadão, fui lá e fiquei solidário com ele, mas teve gente na fila que disse que era ato de político, mas não é assim. Eu acho que banheiro tem que ter entrada livre, um banheiro limpo e com qualidade.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, primeiro, V. Exª não tem a obrigação de pagar entrada em banheiro para as pessoas, porque, assim como no aeroporto o pessoal de um nível financeiro mais elevado não tem obrigação de pagar e não paga o banheiro, então não vai ser o pobre que vai ser explorado na rodoviária, até porque essa tarifa já está embutida no preço das passagens. Então eu sou favorável ao seu Projeto, e não tem que ter banheiro pago. Para as necessidades fisiológicas, tem que haver espaço liberado, e ponto final. Imaginem agora se vão estar cobrando para as pessoas fazerem suas necessidades fisiológicas!

 

O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade, Ver. Nilo Santos. Eu também quero dizer que o Ver. Dib foi Prefeito desta Cidade, e, quando eu cheguei aqui em Porto Alegre, na rodoviária, já se cobrava a ida ao banheiro. Por que ele não acabou com isso? Por que ele já não havia terminado com essa cobrança para ir ao banheiro, Ver. Dib? O senhor foi Prefeito desta Cidade durante 999 dias, e o senhor, como um homem descente, trabalhador, honesto, já deveria ter proibido cobrar ida a banheiro na rodoviária, no Mercado Público, enfim. Onde se cobra para ir ao banheiro, Ver. Haroldo, eu acho que não pode ser cobrado, o senhor sabe disso! O senhor viajou o mundo todo, e em algum local ou aeroporto já lhe cobraram para ir ao banheiro? (Pausa.) Nunca! Pois é, isso é um absurdo! E eu quero pedir a compreensão dos colegas Vereadores para votar, porque é um absurdo! Não são todos que têm R$ 0,30 ou R$ 1,50 no bolso; ao chegar à fila do banheiro e não poder usá-lo, aí a autoestima das pessoas acaba!

 

O Sr. Elias Vidal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, eu acredito que esse Projeto tem um grande mérito, e o senhor está de parabéns por trazer essa matéria. Eu acredito que nós deveríamos, em ultima instância, ter duas opções: o pago e o não pago, tendo sempre a opção do não pago ao lado do pago.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Ver. Elias Vidal, eu quero discordar de V. Exª com esse negócio de diferença, porque ninguém é diferente de ninguém. Nós somos todos iguais; para o pobre e para o rico é a mesma coisa. Essa sua sugestão, Ver. Elias Vidal, eu não vou aceitar, porque eu acho que o banheiro tem que ser conservado, bonito, limpo, cheiroso e dar condições para que o cidadão possa fazer as suas necessidades.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Quero registrar a presença do Manuel Manrique, Oficial de Informações da ONU-HABITAT, Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. Ele está aqui para o Seminário de Regularização Fundiária. Vossa Excelência pode acompanhar a nossa Sessão, se tiver essa condição, na Mesa dos trabalhos. Seja bem-vindo, Dr. Manuel Manrique.

A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 023/08.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, eu queria, em primeiro lugar, cumprimentar a presença do Manuel Manrique, que está hoje conosco. Ele vai fazer um belo seminário organizado pela CUTHAB, pelo Ver. Pedro Ruas, em parceria com a CEDECONDH; a CUTHAB toda - me lembra o Ver. Nilo Santos -, e muito bem organizada pelo Gilvandro Antunes.

Quero, em primeiro lugar, parabenizar o Ver. Alceu Brasinha pelo Projeto, que acho bastante meritório. Nós, eu e o Ver. Pedro Ruas, fizemos um similar e, sabendo do de V. Exª , que é anterior, arquivamos o Projeto para poder acompanhá-lo neste debate e na votação. De fato, é um absurdo! É um absurdo que haja cobrança indevida em todos os espaços públicos! Vamos começar pelo Camelódromo, que está numa área nobre na cidade de Porto Alegre, concedida para uma Parceria Público-Privada, mas que mais parece privada-privada, porque a Prefeitura lavou as mãos, expulsou os camelôs, e hoje, para se utilizar o banheiro, é cobrado R$ 1,50! Inacreditável! Um real e 50 centavos para a pessoa ir ao banheiro no Camelódromo, em uma área nobre da Cidade, concedida pela Prefeitura, com altíssimo aluguel pago pelos trabalhadores!

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Fernanda, eu e V. Exª , às vezes, temos dificuldade em compactuar com a mesma opinião, mas nessa estou plenamente de acordo. É um absurdo que se cobre R$ 1,50 no Camelódromo! Pior: que esteja fechado o banheiro, que é obrigado a estar aberto, no térreo. Duas coisas absurdas: tem que estar aberto o banheiro do térreo, e não está; isso fazia parte do edital da construção do Camelódromo. O banheiro está lá, mas não está aberto! Quando era para ser R$ 0,50 centavos, R$ 0,70 centavos, tudo bem, mas agora passou para R$ 1,50!

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Tem gente ganhando bastante dinheiro com as necessidades fisiológicas do povo que frequenta o Camelódromo. Essa é a verdade!

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver. Fernanda, conforme diz o Ver. Cecchim, não é que fazia parte, faz parte, porque não deve ter saído, está escrito. Em segundo lugar, a senhora discute a abrangência. É muito importante que se diga que esse mesmo problema é verificado no Mercado Público, que, para mim, é inaceitável! Obrigado.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. Cecchim. Quero apenas fazer uma consideração sobre os apartes do Ver. Todeschini e do Ver. Cecchim. Ver. Todeschini, quero dizer que o senhor tem toda a razão. No Mercado Público, também é cobrado, e na rodoviária, mesmo há décadas sem licitação, tem banheiro cobrado. Isso é absolutamente inacreditável, porque até o banheiro virou objeto de lucro de alguns!

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, realmente é um absurdo! No Camelódromo, são as pessoas mais humildes que vão lá fazer compras. Imagina pagar R$ 1,50! Na rodoviária, também são pessoas humildes que circulam, as pessoas humildes que andam de ônibus; pessoas que estão acostumadas a viajar aqui perto já vão de avião, as pessoas mais humildes tem que pagar banheiro. Eu acho que não pode cobrar de um e não cobrar de outro. Não pode ter separação, tem que ser tudo igual. Quero voltar a falar sobre isso. O Ver. Elias Vidal deu a sugestão de quem pode pagar paga. Isso já existe na rodoviária, acho que isso não pode existir, não tem diferença de pessoas brancas, morenas, bugre ou índio, é tudo igual!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna continua a sua manifestação de discussão do PLL nº 023/08, a partir deste momento, por cedência do Ver. DJ Cassiá.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigada, Ver. Brasinha. Quero agradecer ao Ver. DJ Cassiá pela cedência.

 

O Sr. Elias Vidal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Eu concordo plenamente com V. Exª , nesses lugares humildes, com mais dificuldades, onde o povo frequenta, são trabalhadores, acho que tem que ser 100% gratuito. Mas em lugares onde há opção, em que o poder aquisitivo é maior, acho que tem que ser cobrado, sim, mas com a opção de não cobrar também. Mas, neste caso, acho que tem que ser 100%, neste e em outros.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigada, Ver. Elias Vidal.

Srª Presidente, evidentemente a cobrança do uso dos banheiros já está embutida na gestão de qualquer espaço público, ainda mais quando tem Parceria Público-Privada, em que botam o aluguel lá em cima para os trabalhadores camelôs; no caso da energia elétrica e condomínio, que são caríssimos para os trabalhadores, e o banheiro, que deveria ser público, está fechado. Os trabalhadores e os frequentadores do Camelódromo têm que pagar R$ 1,50 a cada vez que necessitam ir ao banheiro.

Em segundo lugar, eu queria dizer que, na nossa opinião, o banheiro público no espaço público tem quer ser cem por cento gratuito. Não pode ter dicotomia, porque, senão, entra na lógica da privatização de todos os espaços, inclusive dos espaços mais necessários, para as necessidades mais básicas, entram no rol daquilo que é cobrado. Podemos pegar o argumento do Ver. Elias Vidal: deveria ser cobrado no aeroporto. Mas a pessoa vai ao aeroporto e paga R$ 3,00 por um café. Já está pagando o preço do aeroporto por conta da concessão e da venda dos serviços. Já paga caro em todo o conjunto; vai pagar banheiro também? É o fim do mundo!

Daqui a pouco, se cobra tudo, mesmo no Mercado Público. Nós precisamos de sanitários públicos que as pessoas possam utilizar em todos os lugares da Cidade, não só no que nós listamos aqui. Na rodoviária, Ver. Toni Proença, existe uma diferença entre o banheiro que é pago e o que não é pago. O banheiro que não é pago é uma imundície, e o que é pago é razoável, não é muito limpo.

 

O Sr. Toni Proença: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Rapidamente, eu só queria lhe lembrar o seguinte: em Porto Alegre - vamos ficar só em Porto Alegre -, no aeroporto, nos principais shoppings da Capital e nos hipermercados, que são frequentados pela classe média e pela classe média alta, não se cobra pelo uso do banheiro. Nos locais frequentados pelas pessoas que mais precisam não pagar o banheiro, ele é pago. Aí é que está o grande mérito do Projeto do Ver. Brasinha. Muito obrigado pelo aparte.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigado, Ver. Toni Proença. Eu concordo plenamente com Vossa Excelência. Afinal, nem nos shoppings, nem no aeroporto, que nós achamos correto que não se cobre, mas tampouco nos espaços públicos onde as pessoas mais precisam ter um banheiro público, e assim em todo o Centro.

Nós estamos vendo o debate em relação à sujeira do Centro da Cidade e a ausência dos banheiros públicos. É uma reclamação corriqueira dos moradores e moradoras da Cidade. E com razão, porque não existem - não existem! - espaços para que as pessoas possam ir ao banheiro no Centro da Cidade, a não ser entrando em algum lugar e consumindo, porque não há a possibilidade de a pessoa ir ao banheiro nem sequer nos espaços consolidados como espaços públicos da Cidade. Assim é também em relação à Cidade Baixa, que foi um dos debates que nós fizemos anteriormente sobre a Rua João Alfredo e a tantas outras que têm grande circulação de pessoas - e que bom que há grande circulação de pessoas, porque nós queremos que as pessoas também tenham direito a lazer, que os porto-alegrenses também tenham um lugar para frequentar, que a Cidade tenha espaços culturais. E lembro: a Cidade Baixa foi votada - as ruas João Alfredo e Lima e Silva - como Área de Interesse Cultural na revisão do Plano Diretor, em 2009. Então, é necessário que haja espaços, mas também tem que haver a possibilidade de se discutir a questão da ampliação dos sanitários públicos, porque de fato é preciso ofertar à população de Porto Alegre espaços para fazer as suas necessidades.

Eu queria agradecer o tempo do Ver. DJ Cassiá, saudar o Projeto do Ver. Brasinha - nós votaremos a favor, é um Projeto muito meritório -, e agradecer os apartes dos colegas, que enriqueceram o debate.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 023/08. (Pausa.) Ausente. O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLL nº 023/08.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidenta, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão neste momento, eu queria me solidarizar com a ideia do colega Ver. Brasinha, agora oficializada num Projeto de Lei, porque só quem anda pela Cidade, Verª Fernanda, percebe o quanto é importante essa área que dialoga com a questão da Saúde pública. Em princípio, Ver. Brasinha, sou contra qualquer tipo de cobrança tanto nos estacionamentos dos shopping centers, onde, muitas vezes, sofremos uma bitributação, Ver. Todeschini, como também a cobrança para usar os banheiros, cobrança que hoje, infelizmente, temos em vários lugares, como nas rodoviárias, nos aeroportos.

Foi muito bem falada aqui a questão do Camelódromo. Lá, foi utilizado dinheiro público, muito dinheiro público, como em tantos outros espaços que são fundamentais para o cidadão que circula, o qual, às vezes, tem dificuldade para pagar uma passagem, mas ali ele não tem um lugar adequado para fazer suas necessidades.

Esse é um tema muito propício e às vezes difícil de abordar, mas que dialoga com a questão da Saúde pública. E nós percebemos que alguém tinha que mexer nisso. O Ver. Brasinha teve a audácia de não só sensibilizar aqui os colegas, os Vereadores e as Vereadoras, mas de dizer que tem que se dar um basta nisso na cidade de Porto Alegre. No Parque da Redenção, há banheiro público gratuito, Ver. Todeschini; então por que não exigir também a parceria das empresas que têm os seus estabelecimentos no Camelódromo, na rodoviária, nos shopping centers, no sentido de subsidiarem isso.

 

Queria me solidarizar ao Projeto do Ver. Brasinha, e, com certeza, votaremos favoravelmente a ele. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Solicito verificação de quórum, Presidenta.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha estava pedindo o adiamento da discussão do PLL nº 023/08. Aguardo que V. Exas se entendam. (Pausa.) Ver. Bernardino, V. Exª mantém a solicitação?

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Logo a seguir, para depois da votação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem. Como a decisão é pela votação, está retirada a solicitação de verificação de quórum.

Eu também vou retirar a minha inscrição, porque eu falaria em discussão, apoiando o Projeto, que é meritório, Ver. Brasinha, faz justiça social e é humanitário.

Em votação o PLL nº 023/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1533/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 010/09, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que inclui art. 9º-A na Lei Complementar nº 320, de 2 de maio de 1994 – que dispõe sobre a denominação de logradouros públicos e dá outras providências –, e alterações posteriores, determinando que o Executivo Municipal, após a publicação de lei que denomine ou altere denominação de logradouro, oficie ao cartório de registro de imóveis da zona a que pertence esse logradouro, para que proceda à devida anotação nas matrículas dos imóveis nele localizados.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.

 

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- discutiram a matéria os Vereadores A. J. Oliboni, R. Pujol, DJ Cassiá, Dr. R. Torelly e J. A. Dib;

- adiada a discussão por duas Sessões.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCL nº 010/09.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, eu havia solicitado verificação de quórum para depois da votação do Projeto do Ver. Brasinha.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu não havia entendido. Informo aos senhores Vereadores que, se tivermos a presença de 12 colegas Vereadores, nós abriremos outra Sessão Extraordinária para correr Pauta.

Solicito abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Quatorze Vereadores presentes. Há quórum.

Em discussão o PLCL nº 010/09 (Pausa.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Só para informação: depois, nós temos o quê? O que nós vamos discutir logo em seguida?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O seu Projeto é o último, e aí encerra a presente Sessão Extraordinária. Depois, eu vou abrir a 18ª Sessão Extraordinária apenas para correr Pauta de dois Projetos regimentais.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Eu peço, então, até para colaborar, o adiamento da discussão, por uma Sessão, do PLCL nº 010/09.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita o adiamento da discussão, por uma Sessão, do PLCL nº 010/09 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam como estão (Pausa.) APROVADO.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Extraordinária.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h26min.)

 

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